segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Ferramentas de trabalho - Amplificador

Dando início ao processo de conhecimento dos equipamentos que utilizamos para o desempenho das nossas funções como ministros de música, falarei um pouco hoje sobre os amplificadores de áudio. Fazendo uma analogia ao corpo humano, o amplificador é o "coração" do seu sistema de som. É ele quem vai injetar potência ao que for produzido e irá externar através das caixas de som, é o amplificador que o fará ser ouvido independente do tamanho do local. Vários modelos de amplificadores inundam as lojas de áudio e instrumentos nos dias de hoje, diferenciando-se pelo design, peso, funcionalidades, ruídos de operação, durabilidade, e claro, o mais importante, a potência. Quanto mais potente o amplificador mais capacidade ele terá de fazer chegar a todos os sons produzidos. A potência é medida em R.M.S. que é a medida internacional para potência de áudio. No Brasil, que ao que parece é o país das enganações, alguns equipamentos de som, principalmente os de uso doméstico, como systems e home theaters, trazem consigo uma etiqueta com medição de potência em P.M.P.O., medida que em nada reflete a potência real do aparelho, e serve apenas para iludir o consumidor forçando-o a acreditar que o equipamento é mais potente. Só para se ter idéia, 30 watts RMS são bem superiores a 500 watts PMPO! O importante na escolha do amplificador é sua potência como falei, porém essa potência deve ser proporcional ao ambiente em que o amplificador será utilizado. Não adianta gastar uma grana boa em um aplificador de 3000 watts RMS (utilizados em trios elétricos) para instalá-lo numa igreja. Os amplificadores no geral possuem dois canais, A e B, que recebem a divisão igualitária da potência. Por exemplo, um aplificador de 1000 watts, enviará para o canal A 500w e para o canal B os mesmos 500W. Se no caso das caixas de som não suportarem a potência enviada pelo canal, o amplificador possui ainda o recurso de ligar mais uma caixa de som auxiliar por canal, que irá dividir mais uma vez a potência. Exemplo: o mesmo amplificador de 1000w manda 500 para cada canal, mas minha caixa de som só suporta 300w. Então posso conectar outra caixa na entrada auxiliar do canal, que irá dividir a potência por igual nnovamente. No nosso caso, nas igrejas geralmente são suficientes os amplificadores de 300 a 500 watts e garantem um resultado mais que satisfatório. No que se refere ao uso do amplificador, devemos atentar para alguns fatores: 1) SEMPRE utilize o amplificador em uma tomada com aterramento adequado, pois além de evitar ruidos de operações ainda evitará o risco de choques elétricos que podem ser bastante perigosos; 2) É conveniente que o amplificador opere enviando sua máxima potência, ou seja, com os botões de volume no máximo, o que ira conferir melhor rendimento do aparelho; 3) Devemos atentar para os led´s que equipam os aparelhos, que são 3 por canal. Um verde - indica que o canal está ativo, o laranja - indica o uso do canal em níveis aceitáveis, e o vermelho - indica a clipagem do sinal. Clipar o sinal significa que o nível de som atribuído aquele canal está desproporcional e poderá perder em qualidade e definição. Evite ao máximo que esse led acenda, e se isso acontecer regule o volume dos equipamentos ligados a mesa de som (próximo assunto); 4) O local onde será instalado o amplificador deve favorecer a circulação de ar que irá favorecer o resfriamento natural do aparelho, aumentando sua durabilidade.
Era bastante comum nas igrejas presenciarmos um ventilador soprando direto sobre o sistema de som, em especial os amplificadores. Hoje, os aparelhos estão mais evoluídos nesse aspecto, alguns até contam com coolers e entradas de ar específicas, mas cuidado nunca é demais. Nem preciso mencionar a leitura do manual de instruções e a observação da voltagem do aparelho antes de ligá-lo pela primeira vez!
No mais, é bastante simples a operação do amplificador. Ele fica ligado a mesa de som, que será o tema do próximo post. Até a semana que vem e que Deus abençoe a todos!

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